Violência contra jornalistas
Nos últimos anos, observamos uma onda de ataques direcionados a jornalistas pelo mundo todo, e no Brasil não foi diferente.
Por Íris Morena, Diplomata
09/09/2019 • 21h10
Segundo dados da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), a violência contra jornalistas aumentou 36% em 2018. Em abril deste ano, a ONG Repórteres sem fronteiras elaborou o Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2019, que classifica o Brasil na 105ª posição, três abaixo do posto ocupado no ano anterior. A organização ainda fez um pronunciamento sobre o cenário preocupante do país: “Ameaças, agressões, assassinatos… O Brasil continua sendo um dos países mais violentos da América Latina para a prática do jornalismo. Em 2018 ao menos quatro jornalistas foram assassinados no país em decorrência da sua atividade. Na maioria dos casos, esses repórteres, locutores de rádio, blogueiros e outros comunicadores mortos cobriam e investigavam tópicos relacionados à corrupção, políticas públicas ou crime organizado, particularmente em cidades de pequeno e médio porte em todo o país, nas quais estão mais vulneráveis.
A eleição de Jair Bolsonaro em outubro de 2018, após uma campanha marcada por discursos de ódio, desinformação, violência contra jornalistas e desprezo pelos direitos humanos, é um prenúncio de um período sombrio para a democracia e a liberdade de imprensa. O horizonte midiático ainda é bastante concentrado no Brasil, sobretudo ao redor de grandes famílias, com frequência, próximas da classe política. O direito ao sigilo das fontes já foi questionado em diversas situações no país e muitos jornalistas e meios de comunicação são alvos de processos judiciais abusivos.”
Precisamos reverter esse quadro com urgência para que a liberdade, a verdade e o direito à vida prevaleçam!


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